Políticas Públicas Antimanicomiais

Em 1987, na divulgação do chamado “Manifesto de Bauru” se inicia o processo da Luta Antimanicomial, que defendia o fim das instituições manicomiais e o desenvolvimento de serviços de saúde abertos. 

LGBTS, pessoas com depressão, alcoolismo, mulheres e todos que não se encaixavam aos padrões de moralidade impostos pelos bons costumes e pela lógica do trabalho produtivo, já foram considerados loucos e internados nessas instituições. 

Depois de muita luta, em 2002 ocorreu a formalização dos CAPS (Portaria n. 336 do Ministério da Saúde). As pessoas  deixaram de ser encarceradas e passarem por situações que se assemelhavam à tortura.  

A AtivOz, desde sua campanha, considera a Saúde Mental uma pauta fundamental, razão pela qual apoia ações como a II Conferência de Saúde Mental de Osasco, ocorrida no último dia 02 de fevereiro. 

Acompanhamos toda a construção e vimos que houve escuta e participação efetiva dos usuários e trabalhadores dos CAPS. Foram levantadas necessidades de melhoria nos serviços, além de debates que serviram para quebra de preconceitos e esclarecimento de dúvidas. Demandas foram encaminhadas para a Conferência Estadual e estaremos lá! 

No último dia 18/05 (Dia Nacional da Luta Antimanicomial), acompanhamos o Conselho Gestor Ampliado dos CAPS na entrega de um abaixo-assinado com quase 400 assinaturas que pede um Plano Municipal de Saúde Mental, bem como o diagnóstico situacional da área. Também acompanharemos de perto os encaminhamentos dessa ação. 

Combatemos o desmonte de políticas públicas do governo: corremos riscos de torturas voltarem a ser cotidianas e isso é inadmissível! Por isso, defendemos a participação popular nos conselhos: a sociedade também é responsável pela fiscalização destes serviços, por isso participe dos Conselhos Populares da Saúde!

Viva o SUS! Viva os CAPS que tratam as pessoas de forma humanizada e traz resultados efetivos para a Saúde Mental de todos.