Liberdade religiosa num Estado laico: eis o Brasil ideal

Vereadora Juliana da AtivOz foi a única presente na audiência pública para a construção do fórum inter-religioso

5 ago 2022, 11:45 Tempo de leitura: 1 minuto, 47 segundos
Liberdade religiosa num Estado laico: eis o Brasil ideal

A terceira audiência pública para a construção, em Osasco, do Fórum Inter-religioso “por uma cultura de paz e liberdade de crença” aconteceu no dia 2 de agosto, na Câmara do Vereadores. O Fórum Inter-religioso visa principalmente conter a intolerância religiosa, que vem aumentando no Brasil. A vereadora Juliana Curvelo, da mandata AtivOz (PSOL), foi a única parlamentar presente no evento, que teve a participação de Vânia Soares, coordenadora do Fórum Inter-religoso estadual, além de membros da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB, padre, ministro, pastores, babalorixás, yalorixás e juremeiros.

Como relatora da Comissão de Raça e Gênero da Câmara, Juliana Curvelo presidiu a audiência e, em seu discurso, lembrou que, apesar de existir, no legislativo osasquense, um grupo grande de vereadores pastores ou religiosos fortemente engajados em suas comunidades, nenhum deles estava presente no evento. “Religiões são escolhas individuais, e respeito cada uma delas, mas o fundamentalismo religioso interfere diretamente no momento de se apoiar ou pautar um projeto, mesmo que o Estado brasileiro se autodenomine laico”, afirmou, questionando: “Sendo assim, qual a razão da ausência dos nobres pares nesta discussão?”

Em seguida, a vereadora leu o documento “Cultura de paz e liberdade constrói-se com respeito”, de autoria dos membros do Modepac (Movimento em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Osasco), convidando “a sociedade brasileira a refletir sobre a urgência do combate a toda forma de preconceito que resulte em ataques às liberdades individuais e em formas variadas de violência”. Ressaltando a importância da laicidade do Estado e, consequentemente, do respeito e tolerância a todas as religiões, notadamente as de matriz africana, que são as que mais sofrem preconceito e discriminação, o covereador da mandata AtivOz Higor Andrade afirmou que é importante lembrar que “as demandas de uma religião não são as demandas de todas as outras, não nos esquecendo também de que existem pessoas que não creem, por isso, ninguém deve ser marginalizado.”