Vereador Delbio Teruel defende estátua do Borba Gato e diz que não é racista porque tem amigos negros

A sessão da Câmara de Osasco desta terça-feira foi marcada por um duro embate sobre o racismo e como lidar com os símbolos do racismo na cidade. O vereador Emerson da REDE e a Juliana da AtivOz (PSOL) protocolaram moções com o objetivo de protestar contra a arbitrariedade que fez o ativista Paulo Galo passar o dia dos pais longe do seu filho de 3 anos. Antes mesmo de entender o sentido da moção, Delbio utilizou a palavra para verbalizar um discurso reacionário de perseguição ao ativismo.

Diante desse discurso muito semelhante ao do bolsonarismo, Juliana e Emerson, relembraram o papel terrível que os bandeirantes e Borba Gato tiveram no Brasil, com escravização negra e indígena, estupros, assassinatos e tortura. Lembraram também do projeto da vereadora de São Paulo Luana Alves que pretender rever homenagens a símbolos do escravismo e do genocídio indígena.

Em uma tentativa constrangedora e típica no racismo estrutural brasileiro o vereador Delbio Teruel quis afastar a pecha de racista enumerando as relações de amizade e de trabalho com pessoas negras – “são como família”.

“A prisão do Paulo Galo foi arbitrária e de uma violência incomparável com qualquer dano causado a estátua do bandeirante racista, nossa geração tem obrigação de rever esses símbolos que causam dor e sofrimento aos descendentes de negros e indígenas” declarou Juliana da AtivOz