Bolsonaro Cidadão Osasquense?! Não!

Osasco não merece essa vergonha.

7 abr 2022, 16:33 Tempo de leitura: 3 minutos, 31 segundos
Bolsonaro Cidadão Osasquense?! Não!

Está prevista para as próximas semanas a votação em plenário da proposta da vereadora Ana Paula Rossi (PL) de conceder o título de cidadão osasquense para o presidente-genocida Jair Bolsonaro. Acreditamos que a nossa cidade é diversa e construída por pessoas muito melhores do esse político que tanto mal fez para o nosso país. Esperamos que a pressão popular faça a maioria dos vereadores dizer NÃO a esse absurdo!

Três motivos para dizer que Bolsonaro não merece qualquer honraria ou homenagem em nome do povo de Osasco:

1. Bolsonaro não respeita os valores da diversidade que prezamos em nossa cidade.

Bolsonaro em declarações a atitudes já ofendeu, mentiu e trabalhou para que sua turba se voltasse contra as populações oprimidas da nossa sociedade. Já defendeu a violência contra LGBTs – “Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”, ofendeu negros quilombolas – ““Fui num quilombola [sic] em Eldorado Paulista. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Acho que nem para procriadorem servem mais” e naturalizou a cultura do estupro ao atacar uma adversária política ““porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria.”

Bolsonaro já chamou jornalista mulher de “quadrúpede”, mandou “calar a boca” e transtornou a vida da jornalista Patrícia Campos Mello ao maliciosamente dizer que ela queria “dar o furo” (ao mesmo tempo em que bolsonaristas vazaram o contato da jornalista, com consequências óbvias).

São inúmeros os ataques. Não é preciso repetir. Conhecemos bem os valores desse homem. Esses valores combinam com a nossa cidade? Respeitam a população LGBT de Osasco? E as pessoas negras? E as mulheres?

2.  Bolsonaro vem sendo um presidente péssimo em todas as áreas.

Bolsonaro comanda uma política explícita de destruição do Brasil em todas as áreas. Apoia a destruição do meio ambiente comandada pelos garimpeiros e madeireiros enquanto cerceia o IBAMA, corta bolsas de pesquisa e ataca as universidades públicas, permite a implosão do setor cultural, faz apologia as armas em um país onde as milícias ganham força a cada dia. Nenhuma política razoável de habitação.

Na economia a inflação e os juros disparam enquanto a renda média do trabalhador não parou de cair, sem contar o desemprego e subemprego que tornaram a entrada no mercado de trabalho quase impossível para os jovens. O ministro Paulo Guedes não acertou uma, o Brasil está mais pobre e mais distante da igualdade social. 

Mas nada demonstra melhor o caráter do governo Bolsonaro do que sua política de saúde. Enquanto presidentes de diferentes orientações ideológicas se esforçaram para preservar a população de seus países, Bolsonaro trabalhou a favor do vírus – atrasou propositalmente a vacina por ignorância negacionista e politicagem com o rival Doria, incentivou a desobediência ao uso de máscaras e distanciamento social, demitiu dois ministros que tentavam conter a pandemia e, algo único no mundo, não se vacinou. Péssimo exemplo para a nação.

3. Bolsonaro é reacionário e um risco para a democracia brasileira.

Bolsonaro já defendeu a tortura, o fuzilamento de adversários políticos e é saudoso da tenebrosa ditadura militar brasileira. Muitos acharam no passado que as declarações pró-autoritarismos eram retóricas vazias para animar sua base. Mas nos últimos anos vimos Bolsonaro atacar o STF, a imprensa livre e tentar articular saídas não democráticas para a sua incompetência na presidência. A sua indústria de fake news e os ataques a justiça eleitoral e as urnas eletrônicas são uma ofensa aos valores democráticos. O prefeito Rogério Lins e todos os vereadores da cidade se elegeram com as urnas e foram validados pela justiça eleitoral que Bolsonaro tentou e continua tentando desmoralizar e destruir. Os vereadores que tem apreço à democracia não podem fortalecer quem defende o autoritarismo.